terça-feira, 7 de agosto de 2007

A Revolta dos Dândis

Alguns seres de nossa cândida elite, esses que enfrentaram tantas dificuldades na vida, estão tentando formar um movimento de protesto contra o governo.

As dondocas e os mauricinhos pretendem demonstrar toda a sua raiva iconoclasta em passeatas onde desfilarão seus vestidos da daslu e seus ternos Armani e bradando seu poderoso bordão: Cansei!

Ainda não está definido se caminharão a pé, mesmo (esta coisa de pobre), ou farão uma carreata, com suas Mercedez, BMWs, Volvos e afins, onde poderão (¡graças a Deus!) ir a bordo de algo que tenha condicionador de ar.

Também não está definido se comporão os protestos as empregadas, os motoristas, os massagistas, os personal trainers, os personal stylits (¿como será que se escreve?), etc. enfim, todos os trabalhadores que deixam menos árdua a vida dos nossos compatriotas.
Há o perigo de um certo "desvirtuamento" do protesto caso ele seja composto de pessoas de classe social inferior.

E eles sempre têm um indubitável medo dos protestos da massa.
É como diz àquela máxima, salvo engano de Victor Hugo: " Em tempos de revolução, cuidado com a primeira cabeça que rola. Ela abre o apetite do povo".

Eles têm medo do que sua incitação pode criar, pois devem muito mais do que este governo. Muito mais do que este, que aliás, não tem poucas dívidas.

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